sábado, 28 de setembro de 2013

Estou aqui, olhando o nada,
o ninguém
Presenciando a beleza do vazio
Abraçando a solidão,
lembrando do esquecido
Cercada pela multidão de pessoas insignificantes,
chutada pela maioria
Olhares frios, sorrisos vazios, abraços gelados
tentam me consolar
Tentativas em vão,
como consolar o inconsolável,
como controlar o incontrolável,
como consertar o inconcertável?
Deixe que seja esquecida,
essa pobre e ridícula forma de vida.
Deixe-a.
Talvez nunca tenha me sentido realmente sozinho. Talvez, seja essa, a primeira vez em que conheço a solidão de verdade. Me lembro de rostos, de frases como "eu sou seu amigo" ou "estarei sempre aqui, para você". Pff, besteira.
Estou sozinha, largada, ignorada. Eles se importam se ainda respiro? Alguém olha por mim? Em momentos assim eu vejo que na vida nascemos sozinhos, vivemos sozinhos (pensando que estamos acompanhados, o que na realidade é apenas medo de estar sozinho, medo da realidade. Mas na verdade, estamos apenas cercados de pessoas, todas insignificantes), e enfim, a paz. Morremos sozinhos.
A vida é isso. Uma demonstração de solidão. Uma peça de teatro com um só protagonista, uma banda formada por apenas um músico, um livro sozinho numa biblioteca. A vida passa, passa, passa. Talvez alguns sortudos (talvez eu seja um deles) descubram antes (de um modo doloroso, infelizmente), que estamos sozinhos, - solos, sós - e se tornem frios a ponto de não mais sofrer (e também não mais sentir).
Me sinto com medo do futuro, me vejo totalmente incerto, e abalado. A onde estão as certezas? As verdades, as realidades? Já não tenho certeza de mais nada.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Lembro dos seus detalhes. Eles são doces, na minha lembrança talvez meio desgastados pelo tempo.
Como uma brisa de inverno que ao mesmo tempo que é doce e agradável, é dolorosa. Me congela, traz certo desconforto.
Seu rosto voltou aos meus sonhos. Sua voz é a música que eu não posso ouvir.
Eu não consigo contar nos dedos quantas vezes desabei por falta de você em poucos dias.
Eu sinto sua falta.
Só eu sei das lembranças e das saudades que eu carrego dentro de mim.
E infelizmente, só eu me importo.
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